Amigos do Fingidor

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Angústia

Dedé Rodrigues
...Confesse a si mesmo se (...)
morreria caso fosse proibido de escrever.
(R. M. Rilke)


O que me mantém viva
é a pena que se fixou em minhas mãos
o que me impele a continuar lúcida
é a certeza de que posso ser mais
do que em verdade sou...

O início de tudo
o ventre materno
se me apresenta hoje
nestas páginas
que insisto em escrever:

versos sem Poesia,
estilhaços da Solidão.

Porque tu és a estrada derradeira
porque és tu minha estrela, meu guia
assim eu te quero, assim:

turbilhão de angústias
vento, tempestade!