Amigos do Fingidor

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Poesia em tradução

Quatro haicais

Matsuo Bashô (1644-1694)



Quatro horas soaram.
Levantei-me nove vezes
para ver a lua.



Fecho a minha porta.
Silencioso vou deitar-me.
Prazer de estar só...



A cigarra... Ouvi:
nada revela em seu canto
que ela vai morrer.



Quimonos secando
ao sol. Oh aquela manguinha
da criança morta!



(Trad. Manuel Bandeira)